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Ser ou ser - E não há questão alguma

  • libertesuaimaginacao
  • 23 de mar. de 2015
  • 3 min de leitura

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“Eu odeio quando os outros dizem o que devemos fazer, como ser, o que pensar e o que dizer. Eu acredito na liberdade. Todos deveriam estar livres para fazer o que quiserem, amar quem eles querem.” desabafou o vocalista da banda alemã Tokio Hotel, Bill Kaulitz, sobre a música “Love who Loves You back”, do seu recente álbum “Kings of Suburbia”. “Todos têm o direito de amar quem eles querem, tem de parar estes problemas com gênero, religião… Em alguns países, isto é um problema.”, disse em entrevista à Chartsinfrance. Entre os países em que há preconceito com homossexuais - acabando até mesmo em mortes - encontra-se a Rússia, que se tornou foco nas discussões sobre homofobia depois de um jovem de 23 anos, homossexual, ser torturado e assassinado por dois amigos após se revelar. Recentemente, o número de assassinatos a homossexuais têm crescido bastante. Essa situação na Rússia inspirou ao cantor irlandês Hozier a escrever a música “Take me to Church”. No clipe da música, em tons preto e branco, um casal gay é feliz, até um dos homens ser atacado por um grupo homofóbico, e ser queimado vivo enquanto seu companheiro assiste a tudo. “A música foi sempre sobre a humanidade em sua forma mais natural, e como isso é prejudicada incessantemente por [organizações] religiosos e aqueles que nos querem fazer crer que o façam em seus interesses. O que foi visto em crescimento na Rússia não é menos do que pesadelo. Propus trazer esses temas na história do clipe”, disse o cantor. “Eu gostaria que fosse apenas ficção, uma vez que os espancamentos e assassinatos de homossexuais são gravados por grupos homofóbicos. Uma triste realidade.” Disse o cantor.

Segundo o levantamento pelo grupo Grupo Gay da Bahia (GGB) em 2014, um homossexual é morto a cada 28 horas no Brasil. De janeiro a setembro de 2014, houve 214 mortes. Só no Piauí, a média de mortes é de 4,1 para cada 1 milhão de pessoas, três vezes maior do que a média nacional. A intolerância ainda é o fator que mais agrava esta estatística. Estudos mostram que os agressores são, em sua maioria, homens conservadores que vieram de famílias autoritárias e tendem a agir em grupo. Gabriel Kowalczyk, de 18 anos, foi agredido por três homens próximo à sua residência, na zona sul paulistana. Enquanto era espancado, Gabriel relata ter ouvido os agressores falarem: “Você quer ser mulher? Então agora vai apanhar como mulher!”. Um combo de homofobia e machismo. Outro caso de violência ocorreu em 2012: os irmãos gêmeos José Leonardo e José Leandro que, ao saírem de uma festa em Camaçari (Salvador), foram agredidos por serem vistos abraçados. Eles foram discriminados por um grupo de homens que tinham acabado de sair de um micro-ônibus e entenderam que o gesto se tratava de um momento homo afetivo. A agressão causou a morte imediata de José Leonardo da Silva, de apenas 22 anos. Infelizmente, casos como o dos irmãos Leonardo e Leandro não são casos singulares em nossos noticiários. O despreparo para lidar com casais do mesmo sexo ainda é um assunto capaz de gerar um debate feroz, mas isso é algo que está prestes a mudar graças à força, cada vez maior, da mídia. Recentemente, quem teve o seu espaço na mídia reservado foi o cantor e compositor inglês Sam Smith. Após ter assumido sua homossexualidade para o seu público, vem lidando bem com as especulações e críticas, deixando assim, sua “marca” representando os homossexuais. Mas não só cantores têm sua relevância como contribuição para a popularidade e desmistificação da homossexualidade no mundo/sociedade. O ator britânico Russell Tovey, que recentemente estrela a série de TV americana Looking, chamou atenção não só pela sua interpretação, mas também por ter mostrado que a homossexualidade não tem estereótipos nem fórmulas. Assim como Tovey, outro ator mundialmente aclamado por interpretar papéis memoráveis nos cinemas, entre eles um dos vilões mais famosos das revistas em quadrinhos Norte Americanas, o intérprete de Magneto, Ian McKellen. Ian foi eleito o homossexual mais influente do Reino Unido em pesquisa publicada pelo jornal The Independent. Além desse título, o britânico de 75 anos é um ativista das causas dos direitos homossexuais. A representatividade também está mais perto do que se imagina. O episódio mais recente foi o das atrizes Fernanda Montenegro e Nathália Timberg, que protagonizaram o tão famoso ‘beijo gay’, deixando grande parte do público boquiaberto e outra grande parte revoltado, pelo simples fato de duas pessoas do mesmo sexo estarem encenando nada mais que uma demonstração entre duas pessoas apaixonadas em plena rede nacional. O fato é que ainda existem puritanos defensores da “família tradicional brasileira” que não aceitam a realidade do mundo contemporâneo e agridem de forma irracional a mídia, a qual tenta constantemente mostrar que não há nada demais em ser gay.

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